terça-feira, 1 de junho de 2010

A RUA DESERTA

Cadê o rumor das vozes?
Não há rumores de vozes.
A rua está deserta,
A rua está mortificada
Pelo mortificante silêncio.
Não ouço risos nem choros,
Não ouço gritos nem lamentações,
Não ouço nada,
pois o silêncio dá uma sensação
De um nada triste e medonho.

Por outro lado,em mim,
As vozes tumultuam,
É uma algazarra só.
Fora,na rua deserta
Tudo é silêncio sepulcral
De fazer chorar.

A rua deserta é inútil.
É preciso haver um movimento,
É preciso haver uma manifestação,
É preciso que a vida não se deixe
Abater e quebre as correntes
Do silêncio,e que não sintamos
Anormalidades se passarmos
Por alguma rua deserta.
Pior do que uma rua deserta
É um coração deserto,
É um sentimento vazio,
É um olhar sem luz,
É uma palavra de maldiçao.

Cadê o rumor das vozes?
Quero ouvir as vozes
Dos transeuntes,dos conhecidos,
Das crianças, das mulheres,
Enfim, alguma voz que venha
Quebrar o silêncio da rua deserta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário