segunda-feira, 19 de abril de 2010

SONHO DISTANTE

Dá uma certa amargura constatar
Que algo que sonhamos está tão distante!
Mas algo que não sei, de fato, explicar
Diz-me que é preciso seguir avante...

Economicamente, neste isntante,
É-me impossível o que quero alcançar,
E saber disso me dói muito, bastante,
Que dá vontade de tudo pra cima jogar.

Quem não tem um sonho? O duro é saber
Da perspectiva da não realização...
Por forças que a gente nunca prever.

É triste, companheira, meu companheiro
Que o que sonhamos com tanta paixão,
Dependa, em síntese, do dinheiro.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

AMARGOR

(olhando algumas fotografias)

Um amargor medonho invade-me o ser,quando detidamente,
Vou passando os olhos por algumas fotografias
Em que estão junto à mim pessoas,e ao fundo, lugares
Que nem sei se,outra vez,verei.

Chega uma hora após ver foto por foto
Que uma súbita vontade de lacrimejar faz de tudo para entrar em cena.
Lacrimejando ou não,sou um ser humano,tenho sentimentos
E negar o que me dói n'alma seria pura hipocrisia minha.

Não estou lamentando o que passou,
Estou sentindo,simplesmente,uma amargura impiedosa,
Do tempo que tudo engole e atropela.
Como se fosse de próposito,no intuito de fazer sofrer
Os que ousam volver,um pouco no tempo,como eu, neste instante
Que estou olhando antigas fotografias que estão à minha frente.

sábado, 3 de abril de 2010

O LENÇO AZUL (A Maria Isabel R. Lima, minha mãe)

O lenço azul que me deste, mãezinha,
Levo-o comigo por onde caminho...
Na solitude, cedo ou à noitinha,
É nele que procuro o teu carinho.

Juro-te que não o darei para ninguém,
Guardarei ele comigo até o fim,
Como um talismã que só causa bem,
Que me faz sentir a tua presença, enfim.

É nele que depositarei o meu pranto
Quando eu chorar alguma dor sofrida,
É nele que sentirei o teu acalanto,

No intuito, de sentir-me confortado.
Te sou muito grato, mãezinha querida,
Por esse consolo à esse teu filho amado.

A MEU IRMÃO, VILSON LIMA (18.04.2006)

As tuas poesias me faziam divagar...
Quando eu as lia na quietude
Da minha solidão. tudo que eu pude
Aprender, aprendi, para te imitar.

Com o tempo fui aprendendo a gostar
De escrever também, tomando atitude,
Buscando em cada sentir plenitude,
isto é, o meu próprio modo de pensar.

Obrigado, por ter me ensinado rima,
Obrigado, amado irmão, Vilson lima,
Obrigado, pela iniciação na poesia.

Nesse mês de abril, vendo o calendário,
Lembrei que dia 18 é o teu aniversário,
Por isso, te desejo muita paz e alegria.