sábado, 19 de junho de 2010

QUANDO SAIR DA CASA DE MEUS PAIS

Quando sair da casa de meus pais,
Não sair pelo simples capricho de sair.
Sair por um acontecimento natural
Que as palavras sagradas da bíblia
Não me deixam,de modo algum,mentir.

Mais cedo ou mais tarde,essa saída
Era inevitável,tinha que acontecer.
Eu não ia ficar a vida inteira
sendo sustentado pelos meus pais,
A minha própria vida eu tinha que viver.

Ia chegar uma hora que eu tinha
Que partir para a luta,lutar pelo pão.
E essa hora,de chofre,bateu as portas,
Achando-me inerme,desprevenido,
Inexperiente e sem direção.

Mas o que eu sequer tinha pensado
É que a minha sorte estava noutro lugar,
Longe dos olhos dos que tanto amo,
Longe dos seus conselhos e auxílios,
Que,vez por outra,eu poderia precisar.

Eu tinha,de uma maneira ou de outra,
Dar o meu jeito na selva de espinhos...
Com suas armadilhas todas espalhadas,
A cada passo,com os pés já fatigados
De tantos caminhos e descaminhos.

Quantas vezes,com o olhar perdido
No horizonte,pensei retrocerder!?
muitas foram essas vezes,muitas...
Mas a esperança na vitória final
Impelia-me avante,a não esmorecer.

Algo que nunca perdi é a esperança,
Na minha caminhada louca,sem destino,
por lugares estranhos aos meus olhos.
Ah,que vontade que me vinha de chorar,
Forte,altissonante como um menino!

Era Deus quem me dava forças para seguir,
Ele quem me conduzia com a sua mão
Invisível,quando eu me sentia desamparado,
Sem uma mão amiga que pudesse soerguer-me,
Eu que,de vez em quando caia no chão.

Quando sair da casa de meus pais,
Comi o pão que o diabo amassou,
Bati a cabeça por muitos lugares.
Mas tudo isso hoje é passado,
Foi uma tempestade que veio e que passou.

Esse era o meu destino,e por mais
Que eu quisesse evitar não tinha jeito.
Pois já estava escrito que tudo isso
Eu tinha que sentir na pele,um dia,
Além de dores,saudades no peito.

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